Vamos a um
pequeno resumo do que vimos:
Síndrome da
banda íliotibial – rotação externa do quadril
Dor
patelofemoral – pisada lateralizada*, adução de quadril na fase de apoio, maior
impacto
Tendinite de
Aquiles – pisada lateralizada e menor velocidade horizontal do centro de gravidade
Dores na perna
– maior pronação na fase de apoio
*na caminhada
De maneira
simplificada, aí estão os as alterações de movimento identificadas como sendo
preditoras das respectivas lesões.
Evidentemente,
um ou poucos artigos científicos são insuficientes para afirmar convictamente
uma relação causal entre determinada alteração de movimento e lesão. Porém,
esses artigos elaborados prospectivamente, ou seja, analisando-se o movimento
de pessoas sem dor, e depois comparando esses dados entre um grupo que veio a
desenvolver dor, e outro que se manteve “imune” são o início para,
eventualmente, o desenvolvimento de uma relação causal cientificamente
embasada.
Isso é de
grande importância, no que concerne à prevenção de lesões no esporte, seja no
de alto rendimento ou no amador. Com a elaboração de relações causais mais
sólidas, poderemos identificar com mais facilidade atletas predispostos a esse ou aquele tipo
de lesão, e realizarmos a correção de movimento preventivamente.
Por outro
lado, o fato de se evidenciar a hipótese que o movimento inadequado é um fator
que desencadeia lesões por si só é muito importante. Muitos profissionais da
área da saúde poderiam desconsiderar, ou minimizar, essa hipótese justamente
pela falta de evidência científica prospectiva, pois artigos retrospectivos
evidenciam resultados que sofrem interferência da lesão, ou seja, a informação
evidenciada não é acurada. Um importante recurso poderia ser despercebido.
A tendência é
que, com a divulgação de artigos dessa natureza, a importância à realização
adequada do movimento na prevenção de lesões seja aumentada, e também a
eficácia dessa prevenção. Isso é um começo, mas ainda há muito a ser
pesquisado.
Encerramos essa série de artigos por aqui. Espero que tenham gostado!
<<<< parte 8
Encerramos essa série de artigos por aqui. Espero que tenham gostado!
<<<< parte 8
Caro Cláudio,
ResponderExcluirPreciso agradecer-lhe pela dedicação à divulgação de informações tão importantes! Passei horas no seu blog e agora pretendo lê-lo sempre!
Você me ajudou bastante, pois tenho lesões recorrentes na tíbia há uns 3 anos. Acredito que houve grande parcela de responsabilidade por conta do overtraining, mas agora consigo associar grande parte das minhas dores à minha pisada supinada também. Hoje faço fisioterapia e tento retomar os meus Km's perdidos...hehehe infelizmente, as dores são muito fortes, mas a cada dia há um pequeno progresso. Não sei se há como treinar sem dores. O meu grande desafio atual é a reprogramação postural. Acredito que a fiosio vai me ajudar bastante.
Meus parabéns pelo seu trabalho!
Priscila - corredora de Brasília-DF