A dor patelofemoral é a dor de joelho ocasionada pela sobrecarga de estruturas e tecidos que estão próximos à patela, enquanto a condromalácia patelofemoral é o amolecimento da cartilagem que recobre a parte de trás da patela, parte essa que entra em contato com a tróclea do fêmur.
A explicação mais difundida para a origem, tanto a dor patelofemoral quanto da condromalácia patelofemoral, é a de que sua causa principal é a movimentação incorreta da patela por sobre a tróclea.
Em condições normais, quando dobramos ou esticamos o joelho, a patela se desliza com facilidade por sobre a tróclea. Porém, por diversas razões (dentre elas a falta de equilíbrio muscular ao redor do joelho e o desalinhamento postural do joelho) a movimentação da patela pode ser alterada, permitindo que ela deslize mais para um dos lados. Essa movimentação inadequada, além de estar puxando ou comprimindo inadequadamente os tecidos ao redor da patela (gerando a dor patelofemoral), possivelmente também estará sobrecarregando a cartilagem, a qual pode então ficar “amolecida”.
Ou seja, são dois fenômenos (dor patelofemoral e condromalácia) que normalmente têm a mesma origem.
Agora pense numa modalidade como a corrida, onde o ciclo de dobrar e esticar o joelho é repetido inúmeras vezes, em potencializar as conseqüências desta movimentação inadequada.
Voltemos a falar sobre a condição de amolecimento, chamada de condromalácia. Ela pode significar a primeira etapa de um processo de lesão da cartilagem. Ou seja, se aquilo que está causando esse amolecimento da cartilagem não for adequadamente tratado, a tendência é a cartilagem ser lesada, podendo expor o tecido ósseo que está por baixo (e isso é uma condição muito mais grave, pois além de dificultar o deslizamento adequado da patela, o osso exposto é muito mais sensível à dor).
Os sintomas da dor patelofemoral incluem dores ao se movimentar o joelho, como ao se agachar, ao subir e descer escadas ou ficar muito tempo sentado. Essas dores em geral se localizam ao redor ou atrás da patela. Também podem ser observados rangidos (como esfregar areia) ao se dobrar ou esticar o joelho. A condromalácia não produz dores por si (cartilagem não tem inervação, portanto não tem como gerar dor), porém, frequentemente ela está presente paralelamente à dor patelofemoral. É possível ter condromalácia e não ter dor.
Vale reforçar que a condromalácia pode se tornar uma condição degenerativa, e que um tratamento, realizado o quanto antes (mesmo nos casos onde não haja dor), seria de fundamental importância para a proteção e preservação da cartilagem, especialmente porque ela não se regenera, ou seja, uma vez que ela se lesione, continuará lesionada. E a cartilagem apresenta uma função fundamental no nosso joelho, pois além de estar cobrindo e protegendo o osso, ela permite que o deslizamento da patela por sobre a tróclea ocorra com um mínimo de atrito. E isso é essencial para a saúde do joelho.
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