Síndrome do Stress Tibial
A síndrome do stress tibial é uma “periostite” que ocorre na região inferior da nossa perna, no lado interno.
E o que é uma periostite? Periostite é uma reação inflamatória que ocorre no tecido que recobre o osso, chamado periósteo. Essa inflamação ocorre pois os músculos que se fixam no periósteo exercem uma tração sobre o mesmo. Quando essa tração se exerce muitas vezes ou não se tem um tempo adequado para recuperação, gera-se um processo inflamatório. Isso acontece de maneira semelhante à fasciíte, como explicamos anteriormente. Embora a região do corpo e os tecidos envolvidos sejam diferentes, o raciocínio é semelhante, ou seja, a cada passo há um momento onde haverá a tração no periósteo. Multiplique isso por milhares de passos e teremos uma idéia de quantas vezes haverá a tração no periósteo ao se percorrer uma distância grande durante a corrida.
De forma similar às outras lesões, uma sobrecarga excessiva, associada a uma possível recuperação inadequada, é uma maneira de se desenvolver essa condição.
Um dos principais sintomas são dores na região interna da perna, sentida como uma dor profunda, durante a corrida, ou ao apalpar os músculos dessa região. Essa lesão - síndrome do stress tibial - também pode acontecer na região da frente da perna.
Lembre-se, a síndrome do stress tibial, quando não tratada, pode levar a uma fratura de stress.
Síndrome da Banda Íliotibial
A banda iliotibial é uma camada de tecido que se prolonga pela região lateral de nossa coxa. Ela está ligada a alguns músculos da bacia e desce pela nossa coxa, para se fixar na perna, logo abaixo do joelho. A síndrome da banda iliotibial é uma lesão crônica, que se inicia devido ao atrito da região de baixo da banda iliotibial com uma proeminência óssea do fêmur (o osso da coxa). Na corrida, esse atrito pode estar ocorrendo a cada passo, quando dobramos o joelho, vai se gerando um desgaste e posteriormente uma inflamação, que pode se tornar crônica. Esse atrito ocorre quando o joelho está dobrado por volta de 30º.
É importante dizer que esse atrito ocorre somente quando o movimento, por razões variadas, não está adequado.
Os sintomas típicos incluem uma dor ao lado do joelho, que geralmente se inicia após uma certa distância percorrida durante a corrida, que cessa durante a inatividade, sendo que eventualmente observa-se também um inchaço na região do lado do joelho. Em casos mais graves, pode ser sentida dor mesmo durante uma caminhada ou ao subir escadas.
Fraturas de Stress
Aqui estaremos nos focando nas fraturas de stress do osso da perna.
A fratura de stress é a fratura do osso cuja origem não envolve um acontecimento repentino, como uma pancada ou batida, mas sim um processo que ocorre ao longo do tempo. Em corredores, as fraturas de stress ocorrem nos ossos do pé e da perna.
O processo que gera uma fratura de stress é semelhante àqueles das lesões que discutimos anteriormente, ou seja, a cada passo na corrida, cada vez que o pé se apóia no solo é gerada uma sobrecarga no osso. Dependendo da distância percorrida, são dados milhares de passos, e assim é o osso é sobrecarregado milhares de vezes. Poucos passos geram pouca sobrecarga, muitos passos geram uma sobrecarga maior. A maior sobrecarga promove microlesões das quais o corpo costuma se recuperar. Caso ele não consiga se recuperar, pode estar se iniciando a lesão.
As duas principais origens da sobrecarga no osso são o impacto que ocorre a cada contato do pé no solo e a tração que os músculos presos a ele exercem a cada passo (como no caso das “periostites”).
Dor e desconforto após o exercício são os principais sintomas iniciais. Quando a lesão se agrava, a dor será sentida mesmo durante a atividade. Pode também haver um inchaço (edema) no local.
Atenção especial às mulheres, pois distúrbios nutricionais e alterações hormonais podem contribuir para o surgimento das fraturas de stress.
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